O amor platônico

Observar de longe, imaginar ter do lado e não poder, saber que o outro sente o mesmo, mas não é por ti. Que sorri, mas não é por amar você, que o outro chora e que você não está lá para consola – lo. Imaginar que você é um menino pobre e a pessoa um carrinho caro e você só a admira pela vitrine daquela loja e que dificilmente você conseguirá, toca – lá. Ao olhar as fotos você imagina o quanto seria bom ter aquele alguém do seu lado.
Imagina os momentos que poderiam ter juntos, imagina os olhos compenetrados uns aos outros, sorri sozinho só por imaginar aquela pessoa bem perto de você , é mais ela não te ama ela ama outro. E isso te faz chorar pelos cantos, te faz sofrer. Até que você decide seguir em frente, mesmo que não seja com ela, mesmo que não seja você que vá a fazer sorrir. E você tenta seguir, sem pensar nela, sem olhar para trás, mais aquela imagem daquele lindo sorriso o persegue de forma que nem você entende. Você chora, grita, entra em depressão até que um dia você não suporta mais a dor e morre, deixa de existir, deixa de viver... Deixa de sorrir e chorar, pois não suporta mais aquela dor dentro de você! Depois de tanto sofrer, em um belo dia você a encontra e fica sem palavras, suas pernas bambas, suas mãos trêmulas e sua voz engasgam que você não consegue dizer nem um simples “Olá!”... E sabe o que ela faz? Ela sorri, e você depois desse tempo todo volta a viver só para admira – lá mesmo que seja à distância, você continua sendo o menino pobre e ela o carrinho caro. Mas, você sabe que mais vale vê – lá de longe do que morrer e nunca mais poder contemplar o sorriso que tanto te faz feliz e te faz viver.